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E. F. Sorocabana
(1920-1971)
FEPASA (1971-1998) |
SANTO
ANASTÁCIO
Município de Santo Anastácio,
SP |
Linha-tronco original - km 840,375
(1924); km 827,365 (1931) (*); km 779,432 (1960) (**) |
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SP-0701 |
Altitude: 435 m |
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Inauguração: 25.07.1920 |
Uso atual: em reforma (2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1939 |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: De acordo
com Celso Jaloto Ávila Jr., em seu livro "Santo Anastácio
- A História de uma Cidade", a Sorocabana teve problemas
com um corte no trajeto que levava a Santo Anastácio, depois
de Guarucaia (Presidente Bernardes). O volume de terra
a ser removido era grande demais para a época, e o pessoal de locação
ia e vinha do trecho a fim de estudar alternativas de passagem. Tal
fato levou à sugestão para o nome da estação: Vaivem, sugestão
do engenheiro João Carlos Fairbanks ao Engenheiro Huet Bacellar.
Parece que a estação acabou sendo inaugurada com esse nome, que logo
a seguir foi trocado para Santo Anastácio, nome de uma fazenda
e de um rio próximos ao local. O rio, aliás, já tinha
este nome em 1900, conforme mapa da época.
No entanto, outros historiadores, como o da história que é
contada na Enciclopédia de Municípios Brasileiros
do IBGE, em 1958, dizem que o povoado, "com meia dúzia
de casas, uma máquina de benefício de arroz e de café,
de propriedade de Manoel Falcão" já existia
em 1918, quando o trem parava a 100 km dali, em Indiana; embora
cite o engenheiro Fairbanks, nada fala sobre o nome "Vaivem".
Aberta em 1920, com uma estação que ficava do lado oposto ao atual
e que em pouco tempo teria um triângulo de reversão, a estação ganhou
um novo edifício já em 1927.
Já em 1921 a cidade tinha dois trens semanais de passageiros
partindo para São Paulo.
Não durou muito a segunda construção, pois já no dia
15 de maio de 1939 o prédio foi substituído pelo atual. Segundo Rafael
T. Simabuko, a estação foi projetada pelo arquiteto
Antonio Arantes Monteiro e executada pela Construtora Azevedo
& Travassos. "Uma grande surpresa: Santo Anastácio.
Que estação linda! Parece entrada de cinema, com duas
escadarias em curva que conduzem à plataforma
lá em cima. Foi uma das mais belas que vi, e estava bem conservada"
(Rodrigo Cabredo, 28/10/2000).
"A construção de
desvio para carregar madeira e embarcar gado com
linha
independente partindo do pátio de Santo Anastácio, na
importância de Cr$ 47.860,30" (Relatório
da E. F. Sorocabana de 1942).
Foi a última estação a fechar para o embarque e desembarque de passageiros
no trecho entre Prudente e Epitácio, e já estava inativa
quando esses trens foram suprimidos em janeiro de 1999.
Embora em fevereiro de 2008 estivesse sendo utilizado como Casa da
Cultura do município, o prédio estava em mau estado
de conservação, segundo informa Celso Bordinassi.
Em maio de 2009, o prédio estava passando por uma restauração. Pelo visto, esta já estava precisando de manutenção em 2023, quando estava sendo restaurada de novo.
ACIMA: Primeiros trens para Santo Anastacio (O Estado de S. Paulo, 18/7/1920).
ACIMA: Acidente próximo à estação de Santo Anastacio (O Estado de S. Paulo, 4/1/1922).
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1923
AO LADO: Descarrilamento proximo à estação
de Santo Anastacio (O Estado de S. Paulo, 13/1/1923).
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1923
AO LADO: O trem chega atrasado à estação
de Santo Anastacio (O Estado de S. Paulo, 15/11/1923).
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OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1934 - Construção de um armazém;
Abrigo para tanques de óleo no depósito; Melhoramentos
no pátio; construção de armazém
de baldeação; instalação de luz
no depósito; aquisição e assentamento
de um motor a gaz pobre e bomba; colocação de
encanamento na casa do agente |
ACIMA: As automotrizes que circulavam entre Santo Anastacio e Presidente Epitacio até 1935 foram desativadas e substituidas por trens "ordinários" - CLIQUE SOBRE A TABELA PARA VÊ-LA MAIOR (Correio de S. Paulo, 11/4/1935).
ACIMA: Novo prédio da estação de Santo Anastacio já está praticamente pronto em 1939 - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA MAIOR (O Estado de S. Paulo, 14/5/1939).
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1939
AO LADO: Notícia da inaugutação
do atual prédio da estação de Santo Anastacio
(Correio Paulistano, 28/5/1939).
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1942
AO LADO: Sorocabana e o calçamento da estação
de Santo Anastacio (O Estado de S. Paulo, 23/4/1942). |
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1944
AO LADO: Movimento da estação no ano anterior (1943)
(Correio Paulistano, 28/03/1944). |
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1944
AO LADO: Em 1944, bem como em todos os anos 1940, o problema
dos vagões insuficientes no oesta paulista e no Paraná
eram constantes (Folha da Manhã, 11/4/1944).
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1949
AO LADO: Movimento da estação no ano de 1948 (O Estado de S. Paulo, 23/1/1949).
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1951
AO LADO: A concorrencia para a ferrovia aumenta na cidade: agora ela já tem uma estação rodoviaria também (O Estado de S. Paulo, 04/5/1951).
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1954
AO LADO: Movimento da estação de Santo Anastacio na gestão ano da gestão do chefe da estação(O Estado de S. Paulo, 12/12/1954).
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1956
AO LADO: O municipio e estação de Santo Anastacio nem 1956, nos seus 31 anos de emancipação - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VÊ-LO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 18/11/1956).
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ACIMA: Reclamação
contra o trem "Ouro Verde", um dos mais famosos
da Sorocabana,
em jornal de 1963 (Folha de S. Paulo, 30/7/1963).
ACIMA: Estação de Santo Anastacio
em 2013 (Facebook em 15/9/2013. Autor desconhecido).
ACIMA: Fachada da estação de Santo Anastacio
em 2023 (Foto: Arnaldo Bernardo).
(Fontes: Acervo R. M. Giesbrecht; Arnaldo Bernardo, 2023; Adriano Martins;
Silvio Rizzo, 2016; Gleison de Brito Freire; Lucas Souza, 2009; Rodrigo Cabredo, 2000;
Celso Bordinassi; Rafael T. Simabuko; O Estado de S.
Paulo, 1923;
IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol.
XXX, 1958, p. 115;
Correio Paulistano, 1939; O Imparcial, 1996; Folha
da Manhã, 28/5/1939; Folha de S.
Paulo, 1963; FEPASA: Relatório
de Instalações Fixas, 1986; E. F. Sorocabana:
Relatórios
anuais , 1919-69; Celso Jaloto Ávila Jr.: Santo Anastácio - A História
de
uma Cidade; Mapa e desenho - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Planta da antiga estação de Santo Anastácio
em 1927. Acervo Ralph M. Giesbrecht |
Fachada da estação (construída em 1939),
em 1986. Foto do relatório da Fepasa, 1986 |
A estação às vésperas da desativação.
O Imparcial, 20/11/1996 |
Plataforma da estação em outubro de 2000. Foto
Rodrigo Cabredo |
Estação, 10/2000. Foto Rodrigo Cabredo |
Imagem do abandono. Foto Adriano Martins em 01/2003 |
A estação em 2009. Foto Lucas Souza |
A estação em 28/7/2016. Foto Silvio Rizzo |
A fachada da estação em ótimo estado em 07/2005. Foto Arnaldo Bernardo |
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Atualização:
30.08.2023
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